domingo, 22 de novembro de 2009

O Tempo

Adriana Carvalho 2009 (preparando-se para 2010...)
Deixo os versos que escrevi,
As cantigas que cantei,
Cinco ou seis coisas que eu sei
E um milhão que eu esqueci.
Deixo este mundo daqui,
Selva com lei de cassino;
Vou renascer num menino,
Num país além do mar...
Licença, que eu vou rodar
No carrossel do destino.
Enquanto eu puder viver
Tudo o que o coração sente,
O tempo estará presente
Passando sem resistir.
Na hora que eu for partir
Para as nuvens do divino,
Que a viola seja o sino
Tocando pra me guiar...
Licença,que eu vou rodar
No carrossel do destino.
Romances e epopéias
Me pedindo pra brotar
E eu tangendo devagar
A boiada das idéias.
Sempre em busca das colméias
Onde brota o mel mais fino,
E um só verso, pequenino,
Mas que mereça ficar...
Licença, que eu vou rodar
No carrossel do destino.
*
Poema Carrossel do Destino de Antônio Nóbrega, encontrado na página de Mário Pirata.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Blogagem Coletiva pela Gentileza



Hoje, 13 de novembro de 2.009, o Arte Voadeira forma mais um elo à iniciativa de nossa querida amiga Luciana Onofre do Criança Pagã para uma Blogagem Coletiva sobre algo tão simples e ao mesmo tempo tão distante e ausente no dia-a-dia de muitas pessoas hoje em dia, a Gentileza.

Não é por acaso que costumo voltar meus personagens para o passado, não um passado utópico, pois que certamente havia injustiças e sofrimentos como sempre há, mas havia algo que norteava a vida das pessoas, eram os Valores, eram os Princípios, o respeito ao próximo e a si mesmo, o Amor terno...

José Datrino, mais conhecido como Profeta Gentileza foi uma dessas pessoas que provavelmente viveu ou melhor, pegou um sobejo daquele tempo de princípios e valores e não foi à toa que tenha resolvido dar um novo sentido à sua própria vida, disceminando o amor, a solidariedade e a gentileza em meio ao caos paulistano (eu sei como é...sou paulista).

Minha bisavó dizia que "haveria de chegar um dia em que de tanto crescer os monturos, haveria de rebaixar os montes..."

Com outras palavras, ela dizia que haveria de chegar um dia em que a maldade, a corrupção e o poder seriam tão grandes, que o homem sentiria vergonha de ser honesto..."

A missão do Profeta Gentileza foi resgatar esses antigos sentimentos adormecidos no ser humano, como poeta da vida e como poucos hoje em dia.


Gentileza Gera Gentileza


Gentileza Gera Gentileza é uma ação social, criada para espalhar as mensagens de amor e paz deixadas originalmente por José Datrino, o Profeta Gentileza.
Resgatada por empresários cariocas, a iniciativa quer também trazer de volta valores esquecidos como a solidariedade e o respeito ao próximo, incentivando a adoção de pequenos atos de gentileza, ao alcance de todos nós. A idéia é que, estes pequenos atos, se praticados no dia a dia, por uma grande quantidade de pessoas, tenham um efeito multiplicador fantástico e possam melhorar a vida de todos nós.


Navegue, participe, contagie-se! Espalhe gentileza por onde você estiver!


terça-feira, 10 de novembro de 2009

La Papessa




preferi não representá-la como uma "Papisa", ou seja, sem a coroa tríplice do papado. Também não a coloquei em um "Trono", mas em algo que lembre uma ponte entre a terra e a água, a fonte de água que forma todas as coisas vivas, visíveis e invisíveis.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Diário para Ana e Laura Sauvagni


No mistério do Sem-Fim,

equilibra-se um planeta.

E, no planeta, um jardim,

e, no jardim, um canteiro;

no canteiro, uma violeta,

e, sobre ela, o dia inteiro,

entre o planeta e o Sem-Fim,

a asa de uma borboleta.

Cecília Meireles


Ilustração para Álbum de fotos de Juanita Rosas, das terras mágicas da Galícia.


"A natureza é meu lar, meu refúgio, meu sonhar.
Pertenço a ela...
Faço parte dela!
Preciso do verde, do azul, do lilás.
De um arco-íris de cores
De frutas e flores, amores e aromas.
Quero cheiro de mata molhada.
Quero o vento soprando em meu rosto.
Quero andar sem medo.
Quero dormir sob as estrelas.
Sou mulher da terra.
Do chão.
Sou raíz.
Escolho meu paraíso
E nele planto meu jardim.
Ando descalça por caminhos floridos...
Danço nos camposRodopio no ar.
Tomo banho de chuva nua
Abro os braços e giro.
Olho para o céu e acredito.
Que existe destino.
Existindo eu escolho
Sigo, mudo, me recolho.
Me abro para o mundo
Eu decido.
Eu sigo meus instintos.
Sigo as estações.
Eu sou da terra
Do fogo, da água e do ar.
Sou de antes e de agora
Sou flor e espinho
Sou a água, sou o vinho.
Simples...
Sagrada
Sempre...
Mulher".
Ká Butterfly